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Malária


        A Malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Anopheles infectado pelo agente Plasmodium. Actualmente, é endémica em mais de 100 países, sobretudo nos continentes Africano, Asiático e Sul-Americano, visitados anualmente por mais de 125 milhões de viajantes (ver mapas em baixo). É a principal causa de febre no viajante. Sabe-se que, por ano, cerca de 30.000 viajantes adoecem por malária após o regresso a casa, e um número indeterminado adoece na própria viagem.

        Existem 4 espécies do agente Plasmodium: Plasmodium falciparumPlasmodium vivaxPlasmodium ovale e Plasmodium malariae. Quando indicada pelo seu médico da Consulta de Aconselhamento ao Viajante, a medicação profilática previne apenas a infecção do agente mais perigoso, o Plasmodium falciparum. As outras espécies não são prevenidas pelos esquemas quimioprofiláticos utilizados. Acrescente-se ainda que nenhum regime é 100% eficaz, mesmo para o Plasmodium falciparum. É fácil de concluir, portanto, que as medidas gerais têm um papel fundamental na prevenção da doença, e devem ser sempre realizadas, mesmo com uso de medicamentos.


           
            

        Prevenção

        Medidas gerais: evitar exposição nos períodos de maior actividade do mosquito - ao amanhecer e ao entardecer; usar roupas compridas evitando áreas de pele descoberta e usar calçado fechado; utilizar repelentes de insectos com DEET, IR3535 ou icaridina na pele e roupa (puffs regulares ao longo do dia); aplicar rede mosquiteira na cama, se possível impregnada com insecticida (permetrina); ar condicionado (quando possível) é um método bastante eficaz de afastar os mosquitos do quarto.

        Medicamentos: Mefloquina (Mephaquine), Atovaquone+Proguanil (Malarone), Doxiciclina, Cloroquina, Cloroquina+Proguanil.

        Qualquer febre entre o 7º dia de estadia em país endémico até 3 meses após é considerada uma emergência médica (diagnóstico de malária obrigatoriamente a ter que ser excluído). O viajante deve, portanto, procurar imediatamente assistência médica caso surja febre no espaço temporal descrito. Atrasos de mais de 24h no diagnóstico e tratamento podem ser fatais. Certos grupos de viajantes ou profissionais, permanecendo longos períodos de tempo em áreas remotas e sem acesso a infrastuturas de saúde, podem necessitar de um suplemento terapêutico designado de Tratamento de Reserva em Situações de Emergência (TRSE), que deve ser iniciado caso não seja possível consultar um médico e/ou obter um diagnóstico dentro das 24h do início da febre no período temporal descrito.


Figuras 1, 2 e 3. Áreas mundiais de risco de transmissão de malária - a colorido (quanto mais avermelhado, maior o risco):





          
        A decisão quanto ao esquema de prevenção a implementar deverá ser feita pelo seu médico da Consulta de Aconselhamento ao Viajante, após análise de vários factores que incluem o destino e duração da viagem e a idade e perfil de saúde do viajante.

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